Todos conhecem o caso Wikileaks e isto criou um movimento anti-USA mas mais importante que isso, criou-se dentro do grupo Anonymousuma união nunca antes vista.
Mas afinal, quem são os Anonymous?
Anonymous são um grupo sem números exactos, sem poder e sem lideres. Em teoria, todas as pessoas que queiram praticar um acto, de qualquer natureza, podem usar o nome de Anonymous.
Começaram a ser notados quando há três anos a televisão FOX publicou uma extensa entrevista sobre Anonymous. Deste então, e até hoje, vagueiam pela Internet e pelas redes de IRC.
A atitude mais notável dos anónimos nos últimos tempos tem sido a de suporte em massa e em tecnologia para Julian Assange e a Wikileaks, servindo de uma forma não formal os interesses de ambos.
Acções em Portugal
Além disso, alguns portugueses confirmam-se na participação das Operações que osAnonymous de todo o mundo organizam. Dessas operações existem várias missões mas são quase todas as acções feitas através de um DDoS amador.
Como funcionam as operações
Existem duas partes da operação: uma é achar um alvo, denominado de target, e a outra é encontrar uma hive. O target, normalmente na porta 80 (porta do serviço HTTP), é o domínio ou o IP desse domínio. A ferramenta? LOIC. Originalmente o LOIC foi desenvolvido para testar stress em redes. E basicamente o que os Anonymous fazem é, com um grande número de pessoas, testar a rede de uma forma tão grande até à sua saturação.
Que operações já existiram?
Existiram várias, mas as mais importantes foram:
- Operation Payback: consistiu em deitar abaixo, com sucesso, sites da VISA, MasterCard e Amazon.
- Operation LeakSpin: outro nome da Payback
- Operation PaperStorm: consistiu em ir para as ruas e distribuir flyers de informação; não teve muito sucesso em Portugal
- Operation End of Time: foi quando Julian Assange foi removido da revista Times como o homem mais influente do ano, teve sucesso parcial em deitar o site da Times abaixo
- Operation Bling: consistia em escrever We are Anonymous em todas as notas, para que o comercio se encarregue de espalhar as palavras. Pessoalmente não obtive nenhuma dessas notas em Portugal
- Operation Wanted: foi uma operação “fictícia” em que o objectivo era ir ao site do FBI, escolher uma pessoa e clicarmos para receber a recompensa, em seguida irmos recolher informação dessa pessoa até conseguirmos encontrar algo. O dinheiro depois seria usado para ajudar Julian Assange. Não se conhecem casos de sucesso
- Operation Sinde: foi uma pre-operação da operation LeySinde, com info mais à frente
- Operation Giveback: foi uma operação de caridade e de ‘troll’ aos media, sem sucesso prático visível
- Operation Bank of America: tentaram deitar abaixo o site do Bank of America, e conseguiram durante algumas horas em certas partes do mundo, no entanto, como o site tinha múltiplos IPs essa operação ficou a 50% concretizada
- Operation Tunísia: foi seguida de protestos na rua que levaram à revolução, mas começou por deitar abaixo grande parte dos sites importantes do governo, foi a operação mais conseguida dos Anonymous a seguir à Payback.
- Operation Italy: foi concretizada com alguns sites do Governo de Itália em baixo, no entanto não teve grande expressividade.
- Operation Fightback: não foi feita por Anonymous mas sim por contra-Anonymous, e tentaram danificar infra-estruturas de Anonymous pela Internet fora, sem sucesso.
- Operation Leysinde: conseguiram deitar abaixo o site do Senado Espanhol em 11 minutos.
- Operation Venezuela e Operation Algeria: conseguiram parcialmente deitar sites governamentais abaixo.
- Operation Egypt: conseguiram deitar sites abaixo, e a revolução do povo nas ruas ainda está a decorrer.
Estarei seguro contra estes ataques todos?
Sim. No geral o utilizador comum não se apercebe de nada. Se tem interesse, a Internet é vasta, e o Google é um excelente amigo da liberdade de informação.
Este grupo demonstra o poder da Internet, e como um grupo de cibernautas é poderoso quando decide apoiar uma causa.